sexta-feira, 27 de agosto de 2010

OS PODEROSOS CONTAM A VITÓRIA!.

De tanto ver, ler e escutar / histórias de antepassados guapos/umas impregnadas de aparente cinismo //outras repletas de palpitante heroismo/reportando à Guerra dos Farrapos!. Não tenho de historiador a erudição/Porém do decênio dessa história//retenho ainda alguma memória. Tão várias e tantas as versões//lembrando também com fundamento// mesmo como provável documento/ aquelas vertidas em Platinas traduções. Se aos oprimidos impõe cumprir/ normas que são leis// inventadas por poderosos e reis/ cumpre-nos o dever questionar// muitos dos contos retóricos// sobre fatos históricos// apresentando os arrogantes vencedores/ em detrimento de supostos perdedores. Fazem todos eles a história da humanidade/que se extravia nos tempos idos//desde veteranos heróis destemidos/até oportunistas campeando alguma notoriedade. Obrou sempre a humana raça/ assim, nos mostra a experiência// Se não cambiar nossa consciência/do materialismo para o transcendental//nos julgue a inflexível Justiça Universal!. Esta tenhamos todos a convicção/ pode ter até vã a aparência // contudo agucemos nossa tenência / para as atitudes que a vida ralha//pois o Divino Código de Leis não falha. A todas estas meu fraterno/ insanas rimas e parco versejar// te rogo cerrar atentos olhos/cambiando-os em abrolhos// pras coisas outras que´stou a contar. Do decênio heróico perdemos a cronologia/ em meio da existência em turbilhão// acolhendo qualquer conto como um legado / esquecendo que a justiça e a razão // podem não estar no mesmo lado. Está tudo registrado em algum lugar/ desde a velha Creta do Minotauro//até nossa Epopéia dos Centauros//São sempre mesmos os resultados//Poderosos fazem a guerra pagam a conta os coitados. Não se ofenda, por meu xucro linguajar/ por favor te rogo meu patrício//pois o amanonciei com algum vício//carregado de penas e muitas manhas// que ainda conservo do inocente oriundo da Campanha.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

CULATRA DE MEMÓRIAS

  1. Pela janela vislumbrei hoje cedo/crianças encorujadas buscando seu destino//trazendo de volta meus dias de menino/e o distante passado que se foi//repontando campos repletos de bois//e as quinchas caprichadas outrora brancas de geadas!. Por algum tempo quedei a cismar/estaria recordando ou a sonhar?//com o tempo guri que passou/deixando marcas no que ainda sou//algumas fantasiando histórias/mas todas construindo memórias. Passou o ontem e também/longe em remembranças se esvaí/muitas entropilhadas de aís/outras de tão prasenteiras//alegrarão por certo a vida inteira. Reviver pra dentro é recordar/rememorando a existência vivida/um pouco da infância perdida/na constante busca do onde//o baldoso destino se esconde. Em realidade não se encontra perdida/ mas se constituindo em verdadeiro espelho/ a refletir a habilidade de pelejador velho / que dissipou em antigas batalhas ingentes// a energia de jovem inexperiente. Assim da natureza as leis/ estabelecem em preceito sagrado/Não tenha o homem na senectude/ a performance vital da juventude// nem pretenda o jovem infantil// a experiência que contempla o senil.