terça-feira, 17 de agosto de 2010

CULATRA DE MEMÓRIAS

  1. Pela janela vislumbrei hoje cedo/crianças encorujadas buscando seu destino//trazendo de volta meus dias de menino/e o distante passado que se foi//repontando campos repletos de bois//e as quinchas caprichadas outrora brancas de geadas!. Por algum tempo quedei a cismar/estaria recordando ou a sonhar?//com o tempo guri que passou/deixando marcas no que ainda sou//algumas fantasiando histórias/mas todas construindo memórias. Passou o ontem e também/longe em remembranças se esvaí/muitas entropilhadas de aís/outras de tão prasenteiras//alegrarão por certo a vida inteira. Reviver pra dentro é recordar/rememorando a existência vivida/um pouco da infância perdida/na constante busca do onde//o baldoso destino se esconde. Em realidade não se encontra perdida/ mas se constituindo em verdadeiro espelho/ a refletir a habilidade de pelejador velho / que dissipou em antigas batalhas ingentes// a energia de jovem inexperiente. Assim da natureza as leis/ estabelecem em preceito sagrado/Não tenha o homem na senectude/ a performance vital da juventude// nem pretenda o jovem infantil// a experiência que contempla o senil.

Um comentário:

Pauta Cifrada disse...

Memórias em prosa e verso! Cousa barbaresca de especial...
"O verso é a prosa flertando com a melodia!" (msc)