quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

UM MESTRE E COLEGA CARISMÁTICO!

Quando, depois de alguma relutância, cedendo aos apelos de meu amado filho, decidi realizar este ensaio, não ponderei a possibilidade de vir a ser traído pela memória ,especialmente em questões tão relevantes.Ela me parecera,sempre bastante satisfatória, se comparada a de outros 'mortais' da mesma faixa etária.Bisonho equívoco!.No entrevero destas MEMÓRIAS, inadvertidamente eu estava olvidando Mestres cujos nomes estão indelevelmente associados à própria dignidade dos novos profissionais por eles formados.Há que destacar o Dr. Alberto Heitor Schimidt,médico e Mestre, sempre disposto a oferecer um alerta para um ou outro caso 'bruxo' que costuma 'minar' a vida do profissional inexperiente ou pouco atento.O Dr.Antonio Jorge Dreon de Albuquerque,médico-veterinário, Mestre em VIRULOGIA, sempre lembrado, especialmente quando ocorrem surtos, ou pandemias virais que acometem grandes populações em todo o Planeta(ex. HIV,H1N1).O professor Farmacêutico Clóvis Silva Lima que mercê de sua capacidade e dedicação foi guindado ao honroso cargo de MAGNÍFICO REITOR DA UFSM. O jovem e brilhante farmacêutico Baltazar Schirmer, Mestre em Farmacologia, que já ocupou o cargo de Pró-Reitor,desempenhado anos antes pelo meu ilustre amigo e colega,então professor, Valter Bianchini, de quem já tive a satisfação de referir.A professora farmacêutica Glaúcia Ustra, dinâmica mestra.Hoje aposentada, mas dirigindo uma rede de farmácias de manipulação muito prestigiosa e bem sucedida.O professor Irineu Pazini, também aposentado, sempre à frente de seu criterioso Laboratório de Análises Clínicas.O professor Geolar Badke douto em Legislação e Deontologia Farmacêutica.A professora Idelares, da Química orgânica clássica, que o Onipotente Criador a ilumine.As queridas Mestras farmacêuticas Beatriz Dalla Porta(Citologia Clínica),Águeda Leal(Bioquímica Clínica),Marlene P.Leal(Microbiologia Clínica)e Anita de Conto(Parasitologia Clínica), professoras e orientadoras no período de Estágio, serão sempre lembradas por sua competência e dedicação integral ao ensino farmacêutico. Dentre todos sobressai a figura CARISMÁTICA do estimado mestre farmacêutico ANTONIO ROBERTO FONTOURA PEREIRA.Profundo conhecedor de Citologia, matéria que ensinou durante muitos anos, ao longo dos quais granjeou a simpatia e o respeito de alunos de todos os cursos, além da farmácia.Mercê de sua simplicidade, amizade, companheirismo,integridade e dedicação era sempre homenageado ora por um ora por outro curso. Ás vezes era alvo de mais de uma homenagem. Deve ter perdido a conta das vezes em que foi 'requisitado'como PARANINFO DE TURMAS. Tive a grata satisfação de me formar justamente numa turma que o escolheu como PARANINFO.Além de professor universitário, costumava oferecer cursos extra-curriculares com o mesmo desempenho e eficiência.Ainda conserva seu Laboratório Clínico especializado em dosagens de hormônios.Um dos primeiros surgidos no nosso Estado.Creio que o primeiro no interior.Seu refinado espírito de liderança rendeu-lhe a justa homenagem da "SEMANA ACADÊMICA PROF. ANTONIO ROBERTO FONTOURA PEREIRA".Exerceu o cargo de Secretário do Conselho Regional de Farmácia do RS.Foi membro do Conselho Federal de Farmácia que o galardoou com o "DIPLOMA E MEDALHA DO MÉRITO FARMACÊUTICO".Aposentado do magistério, continua com seu laboratório e a presidência da Associação Santa-mariense de Farmacêuticos-Químicos.É um desses profissionais que certamente engrandece qualquer entidade que o possa contar entre seus colaboradores. Segundo o historiador Eduardo Prado, "a história é feita de reparações salutares e tardias justiças"(História da Revolução Farroupilha, por Morivalde Calvet Fagundes,educs-martins,2a.ed.).Embora não seja historiador, sentir-me-ia assaz desconfortável com a consciência se tivesse a convicção de ter omitido deliberada e injustamente o nome de algum abnegado amigo que tenha me auxiliado. Neste caso cumpre-me penitenciar com os injustiçados ou esquecidos, que certamente não terão sua capacidade profissional e o brilho pessoal, obscurecidos pela amnésia de um 'biriva', ex-aluno chamado 'Rapa-de-taxo', que um dia abeberou conhecimentos na fonte onde esses mestres eram manancial.

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