sábado, 19 de setembro de 2009

ARRUMANDO NOSSOS TARECOS NA NOSSA CASA NO CACEQUI

Tão logo chegamos já iniciamos a descarregar nossos trastes. Alguns prévia e estrategicamente colocados nas carretas saíam em primeiro lugar e eram levados direto para dentro da casa. Entrávamos carregados com os trastes e retornávamos a buscar outros, mas sempre atentos a algum detalhe da nova moradia. Nas janelas haviam trancas segurando os postigos ao contrário das janelas que tínhamos deixado na casa da Primavera que eram retidas com toscas tramelas.Ou então era o poço com bocal de alvenaria em vez das singelas cacimbas onde as pererecas se deliciavam na cristalina água.Trazia-se mais um traste e nova observação. Agora era a parreira já começando a brotar e que era novidade,tanto que lá fora não tínhamos. Assim a tarde foi acabando até que um vaga-lume com seu candeeirinho aceso veio nos dar as boas-vindas e avisar que nossa primeira noite na cidade estava começando a engolir o resto de nosso último dia de vida campeira.Muita coisa ficou no galpãozinho para ser removida pra dentro da nova casa nos dias seguintes, à medida que os trastes fossem sendo arrumados.Comemos alguma coisa à luz de candeeiro, pois a energia elétrica não tinha sido ligada. Deitamos e adormecemos imediatamente, dormindo o sono dos justos. Na manhã seguinte todos saltaram das camas e imediatamente fomos vistoriar o restante da propriedade que tinha um belo arvoredo com fruteiras que eram novidades, como o já referido melocotom ou pessegueiro castelhano, e vários pés de laranjeiras de umbigo que só mais tarde diferenciaríamos das outras. Foi um dia de pura adrenalina pros antigos campeirinhos. Nos demais dias não foi muito diferente. Depois gradativamente a "bebedeira" foi passando, e Deus nos abrindo os olhos diretamente ou através de nossa heroína-mãe, sempre atenta, como veremos na sequência.

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