Outro madrugadão, agora no segundo e último dia de nossa transferência da fazenda Primavera para nossa casa em Cacequi. Depois do café bem quente, com pão caseiro ainda, agradecemos o pernoite e nos despedimos de nossos hospedeiros com o tradicional "até a volta" e também a disponibilização de nossa nova residência e domicílio. Já havíamos vencido outra boa parte do trecho final quando minha mãe "improvisou" um fiambre de galináceo enfarofado e nacos de carne de suíno, à moda de almoço, como era costume naqueles dias. Creio que um caixão grande de tábuas grosseiras,outrora usado para guardar sementes, servia de "galinheiro" para as penosas que trazíamos para continuar a criação no Cacequi. Tenho uma vaga memória de que alguém atirou um punhado de milho para as "poedeiras" enquanto devorávamos nossos fiambres. No Passo de Santa Vitória no rio Ibicuí, onde hoje tem uma sólida ponte de concreto, fomos trasladados pela afamada e já velha balça do "velho Polydoro". Nessa oportunidade deparei com meu padrinho Silvano. Levou-me de "carona" em sua carroça até a cidade. Foi a última vez que o encontrei. Quanto às carretas, rapidamente venceram os restantes três quartos de légua até a cidade aonde chegaram por volta de meia tarde. Começamos a descarregar logo. Ah! Esqueci de mencionar que nossa nova casa contava com um 'galpãozinho' ao lado, um tanto pros fundos. Foi de grande serventia sempre, começando por acolher a “tarecama” que aos poucos íamos acomodando definitivamente na nossa casa. Finalmente não éramos mais meeiros. Uma nova etapa iniciara em nossas vidas, repleta de porvir ignoto mas confiantes em Deus e na garra inquebrantável de nossa heroína-mãe. E Deus providenciaria mais uma vez para que acertássemos o passo na nova etapa encetada em nossa vida.
sexta-feira, 18 de setembro de 2009
A CHEGADA EM CACEQUI
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