quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Minha mãe retorna da cidade...

Fiz breve interrupção sobre a ida de minha mãe a cidade para resgatar a memória de minha irmã que há muito nos deixou e fazer o mea culpa por eu ser tão traquinas e assim mesmo receber regalias em nome de suposta doença fatal. Ou terá o meu Deus prolongado meus dias até os 67 anos para me fazer purgar tais pecados? O retorno de minhas mãe e irmã foi bombástico. Enfim iríamos deixar a fazenda primavera tão logo mamãe encontrasse outro meeiro para nosso lugar o que não foi difícil. Nosso senhorio comprou toda benfeitoria, casa, galpões, paiol, pocilgas, mangueiras, árvores frutíferas e todos os animais semoventes, inclusive a Sarica velha. Os animais de tração e as vacas de ordenha receberam maior cotação. Com o montante apurado em dinheiro minha mãe comprou um chalé em Cacequi, cidade ferroviária então promissora, situada a meio caminho entre os rios Ibicuí e Cacequi. Quase meia hectare de terra,bosque de eucaliptos, várias espécies de árvores frutíferas, inclusive uma videira e um melocotom, este um "pessegueiro metido a besta", de procedência platina, mui dulce. A casa não era um palacete, mas era nossa, de tábuas de madeira-de-lei coberta com telhas francesas, terreno todo cercado de arame, muita sombra e um poço com pouca água, mas muito doce que nunca nos deixou na mão. Era só fazer a mudança. E a mudança seria realizada sob os auspícios da primavera sazonal que se avizinhava. Enfim deixaríamos na Primavera a fazenda Primavera e as Estradas de Belém em busca de melhores dias. E Deus nos concedeu melhores dias.

2 comentários:

Pauta Cifrada disse...

Sensacional... Que riqueza que estava escondida meu véio... Gracias!!!!

Dezembrino de Oliveira Coelho disse...

Agradecido fico eternamente ao bom DEUS por ter feito germinar SEMENTE E FRUTOS TÃO RAROS E VALIOSOS QUE AINDA EM VIDA POSSO COLHER.