Não é de admirar que a Inteligência Universal através de sua Onipotente Sabedoria criasse leis para regular o relacionamento dos mundos, entre si. A relação de influência ativa e/ou passiva de nosso planeta no campo energético do sistema solar, por exemplo, só pra citar. Sem envolver-me em complicadas divagações das quais eu certamente não saberia desvencilhar-me. Objetivamente: algum dispositivo legal universal determina que o eixo de nosso planeta terra, ao inclinar-se acarrete o surgimento das quatro estações. Sabemos da influência dos elementais (água, terra, ar e fogo) desde épocas que se perdem na névoa dos tempos. Sabemos que ao inverno, que é um período de hibernação ou de acúmulo de reservas de energias, sucede a primavera que é uma estação em que explodem essas energias. Daí a 'quebra' de dormência' nos seres vivos, que iniciam novo ciclo de perpetuação na Primavera. Vejamos onde pretendo chegar. É nessa estação que as plantas exibem suas exuberantes flores, os pássaros fazem parceria e nidificam e os animais em geral buscam se reproduzir. E o homem que é um animal racional, e civilizado devido às suas relações com outros homens serem reguladas por normas (leis) do Direito Civil. Aqui está uma questão que sempre me causou pruridos, e para qual nunca consegui resposta satisfatória. Por quais desígnios a Inteligência Universal decidiu punir ou aplicar corretivos em uma família tão humilde. Primeiro ceifou a vida do pai. Dez anos após podou um varão, o mais velho e ajuizado filho daquele, com vinte e quatro primaveras, justo no momento em que se ensaiava pra dar continuidade a sua progênie. Justamente aquele, um quase "arrimo" da família, porque os demais irmãos eram ainda promessa de porvir e muito teria que ser neles investido. Com estes pensamentos a heroína-mãe ''afundara'', literalmente! Recolheu-se em lúgubre silêncio que entreolhando-nos, uns aos outros, silenciosamente nos perguntavamos se 'teria volta'?. Com o tempo, ah! O tempo! "... o herói da trama..." (Claude Bernard). Pois com o passar do tempo, já no verão, chegávamos em casa e aquele ''torresminho'' de gente estava com a mesa posta nos esperando para uma singela refeição constituída de arroz com penosas na maioria das vezes. Em outras oportunidades nos esperava com um carreteirinho com feijão e alguma hortaliça. Sempre tivemos hortaliças em nossas refeições. Por vezes tínhamos macarrão. Pão não nos faltava, pois o irmão 'mestre-panificador' tinha uma cota mensal do mesmo, por direito, diziam. Vezes por outras ela passava ternamente suas mãos em nossas cabeças, geralmente enquanto devorávamos nossas pobres refeições. Então ela disparava para o quarto de onde a seguir deixava escapar soluços que nos deixavam perplexos. Nossa irmã costureira resistiu bravamente em que pese seus fracos nervos. E até já andava às voltas com umas amigas muito religiosas que viviam na igreja.Tempos depois ela tiraria um longo período na cidade de Rio Grande com as irmãs da Santa Casa de Misericórdia, dessa cidade. Quando adoecia retornava pra nossa casa e pra os cuidados dos que lhe restavam. Nessas oportunidades era convidada a trabalhar como costureira, no que era exímia. Tricotava muito bem. Crochê, aprendera um pouco com nossa mãe. E assim, aos “tironaços” da sorte íamos administrando nossa vida. Mais um ano passara. Eu sempre bem na escola e fazendo pequenas “changas” que rendiam os ditos níqueis para me ajudar na escola. Meu irmão imediatamente mais velho revelara-se um tanto “maleva”. Não estudava e às vezes arrumava uma briguinha, dessas de guri. Quando o oponente era flagrantemente mais franzino que ele, lascava esta desculpa pra me ver levar a pior: "Não vou sujar as mãos te batendo. Pra ti, boto meu irmãozinho". O desprezado então se virava pra mim e geralmente eu "pagava o pato". Ocorre que pra ele o moleque podia ser fraco porém era mais parrudo do que eu. Com o tempo aprendi a defender-me um pouco. Entretanto rendeu-lhe o apelido de Estrabulega. Teve outros mas esse, que mais o incomodava, permaneceu por longo tempo. Foi por essa época que mamãe sacou-o da escola e colocou-o como aprendiz-de-carpinteiro. Os demais irmãos estavam sempre trabalhando. Eu, das “changas” fui para a padaria pela mão do irmão mestre-padeiro.
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
OIGALÊ, SETEMBRO VELHO PODEROSO!
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Um comentário:
ehehehe... Essa do irmão menor eu conhecia...
Especial!!!
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