sexta-feira, 25 de setembro de 2009

OUTRO PUGILATO!

Volta e meia uns “cuscos” me atacavam na frente de determinada casa. Alguém me orientou a abaixar e simular que ia tomar uma pedra ou pedaço de pau. Tal gesto assustá-los-ia. Assim procedi. No ataque seguinte, abaixei “de mentirinha” e um daqueles “cuscos” me surpreendeu pela retaguarda e mordeu um dos grande-glúteos. Alguém me socorreu. Dali em diante andava sempre com uma vara meio reforçada na mão. Vai daí, encontro outro menino mais alto e menos “gordacho” que eu. Mexeu com meus brios e dei-lhe umas varadas nas pernas. Outro rapazote viu a cena e veio me cutucar, dizendo pra eu não surrar um mais fraco. Respondi que tinha surrado aquele e o surraria, também. O paladino se veio e nos atracamos. Murros e pontapés... Vai tabefe e vem tapona. Exaustos, sem vencido nem vencedor, separamo-nos. Muito tempo depois, já amigos e “fratelos”, lembramo-nos de tal enredo. Afirmava ele jamais ter apanhado tanto, mas também não lembrava ter batido tanto. Concordei, e, ainda hoje concordo. Ele estava próximo de cento e vinte quilos. Como iria discordar. Estávamos maduros, “afamiliados” e continuávamos bons amigos.

Não tive outras encrencas. Mas a fama ficou. Certa vez três amigos pretenderam dar-me um susto: estavam 'tripulando' um Jeep-Willys e resolveram tirar um “fininho” quando eu vinha na rua pela beira da calçada. O motorista, também meu amigo, errou o cálculo e jogou-me contra um muro. Sorte de novo! Não quebrei nada. Nem escoriações. Só a marca do pneu estepe ficara na manga de minha camisa. Levantei largando “língua de fogo” pelas “ventas”. Já estavam longe meus amigos. Ficaram “ariscos” durante um bom tempo, com medo da represália. Depois, voltamos às boas. Afinal éramos amigos. Um deles, formado médico na UFSM, lembraria o episódio, anos depois, quando tratava meus ferimentos decorrentes de um acidente de trânsito, em meu carro naquela cidade.

2 comentários:

Pauta Cifrada disse...

Con permiso... Tomei a liberdade de acrescentar um visual mais a altura de uma bela história. Espero que goste.

Dezembrino de Oliveira Coelho disse...

Pero con mucho gusto mi querido hijo!.Solamente le podras valorar.Muchas gracias.